Revista Horse - Notícia

Sexta-feira, 17 de abril de 2009.

Conheça o trabalho dos artistas do cavalo.

Criadores-artistas aproveitam o amor pelos cavalos e eternizam a beleza do animal em quadros e azulejos para os apreciadores.

Para uns o segmento eqüestre é apenas um investimento, para outros um mercado de oportunidades. Mas também existem os que fazem dele uma opção de vida, transformando tudo (beleza, talento, cultura, paixão), em arte. Esse é o caso do criador, artista plástico e escultor paranaense, Rogério Pugsley, que há mais de 25 anos retrata em telas a beleza e a perfeição dos eqüinos.Dedicado, trata com cuidado a crina, dá atenção especial ao pêlo, observa atentamente as ferraduras dos animais. Faz de tudo para que os seus animais apareçam sempre bonitos e saudáveis. Em todos esses anos de profissão, ele tem conseguido grande sucesso, afinal seus cavalos já foram vendidos para fazendeiros e criadores de diferentes lugares do Brasil e do mundo. Com um detalhe incomum aos demais criadores: os animais não são criados em haras ou fazendas, mas sim em telas e esculturas que retratam com impressionantes perfeição e realismo.Esculturas - Pugsley revela que o gosto pela pintura, mais precisamente de animais, vem desde criança, período em que dedicava horas ao seu passatempo preferido: desenhar. A arte passou a ocupar boa parte do caderno escolar, tanto que o estimulou a desenvolver novas técnicas de pintura, como a aquarela tinta a óleo, entre outros. Aos 18 anos, Pugsley descobriu que também possuía dom especial para esculpir. Numa feira de artesanato, um amigo sugeriu que fizesse um pequeno quadro entalhado num pedaço de madeira. "Comecei a esculpir e senti uma grande facilidade. Parecia que eu tinha nascido para aquilo. Fui entalhando e a escultura foi surgindo naturalmente", revela o artista, cujo quadro foi rapidamente vendido. Logo depois, resolveu entalhar a figura de um cavalo, que em pouco tempo também foi vendida. Diante do sucesso repentino, resolveu especializar-se e dedicar-se exclusivamente a estes animais. "Passei a trabalhar apenas com imagens de cavalos e a procura foi muito grande. Logo estavam me perguntando sobre raças e outras especificações das quais eu não fazia a menor idéia. Tive de estudar tudo sobre elas".O aprofundamento no conhecimento sobre os cavalos deu origem a obras ainda mais realistas, com maior riqueza de detalhes e, pouco tempo depois, Pugsley já era considerado um dos destaques. Pela maior identidade, nessas duas décadas e meia, dedicou-se um pouco mais à escultura do que à pintura. "Pintava algumas telas apenas para relaxar", revela. O trabalho como escultor lhe proporcionou uma técnica de pintura muito mais refinada, conforme faz questão de destacar. Entende que os pintores que também esculpem têm uma visão mais completa do objeto a ser retratado. "No meu caso, eu acabo até mesmo estranhando ter que trabalhar em apenas duas dimensões. Eu sempre quero que o cavalo salte para fora da tela, que ele tenha vida", comenta.Pugsley já foi elogiado por vários críticos de artes, mas faz questão de dizer que seus planos futuros são apenas de melhorar e chegar cada vez mais próximo do real. À parte das projeções profissionais, ele brinca que quer também ter os próprios cavalos correndo livres para que possa se inspirar cada vez mais e fazer obras ainda mais bonitas...

Juliana Machado

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